Faz como eu digo, não faças como eu faço...

Se estivermos num país qualquer o facto de se encontrarem portugueses, faz-nos criar logo ali uma empatia sem fim. Empatias essas, arrisco a dizer, até exageradas.
Não percebo porque raio, numa ida ao supermercado, pinhada de emigrantes, só se houve falar em estrangeiro, como se isso fizesse desses tugas uns seres superiores. Mas pior, tratam mal ou vá com desdém, os mesmos portugueses a quem fariam uma festa caso os vissem pelas terras estrangeiras por onde andam todo o ano.
Lá porque vêm nos carros com matrícula estrangeira, não significa que não saibam ler táxis escrito no chão e por conseguinte aquele ser um lugar reservado aos tais.
Admira-me, porque no atendimento que faço ao público, o que mais ouço são vozes indignadas a valorizar o modo de trabalho nos outros países. E depois vêm para cá, ainda que de férias, e mostram aos restantes portugueses que lá fora não deve ser muito melhor que cá... a fazer fé na falta de educação que transmitem.
E eu não tenho pachorra para tanta parvoíce...

Sem comentários:

Enviar um comentário